segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O marxismo materialista (resumo)

O marxismo, atualmente reverenciado por expressiva parte da humanidade, poderá predominar no mundo se um dia o capitalismo for rejeitado pelos povos, por ser considerado ineficiente aos propósitos da sociedade. E vai trazer mais infelicidade. O marxismo que deu origem ao comunismo cria a ideia de um falso domínio do proletariado sobre os meios de produção, em oposição à livre iniciativa, inserida no capitalismo e na democracia. Alegam os seus idealizadores que todos os males sociais são originados pelas “classes dominantes”. Sem propor medidas  saneadoras razoáveis para “consertar” o modelo existente.

Ocorre que jamais o povo dominará, seja a qual regime de governo ou sistema político estiver submetido. A teoria comunista surgiu mediante um bem elaborado projeto pessoal de poder político de líderes mal intencionados. Sempre haverá “representantes” populares governando pelo povo causando desmandos, injustiças, desigualdades, arbitrariedades. Todo governo humano é ineficiente e coercitivo e naturalmente gera insatisfações. Alguns até já tentaram amenizar o totalitarismo implacável do marxismo com um modelo de “marxismo humanitário”, quando percebemos que a teoria original usa a histórica questão da opressão do povo pelo capital para, pelo Estado, oprimir a todos.

O marxismo alimenta a ilusão de que o organismo social tem a capacidade de restaurar o indivíduo, e de que a religião, a cultura, e a economia predominantes são os fatores que estragam a percepção dos meios adequados para que se construa uma sociedade igualitária e justa, com todos tendo acesso a tudo o que é produzido. Nessa visão equivocada de consertar o mundo, o marxismo diz que o Estado é quem deve reger a consciência popular, porque esta deve ser formada pelo coletivo e não ao contrário, ou seja, o homem em si mesmo é vazio, sendo influenciado apenas pelos fatores externos alienantes. E sabemos que a questão não é simples assim, havendo inclusive evidências de elementos psicológicos universais, já no bebê, que não são adquiridos ou aprendidos e que o pensamento humano é autônomo e criativo, inquiridor por natureza.

A verdade é que quem oprime o homem é o próprio homem, como bem testificou  Thomas Hobbes, não os modelos políticos e econômicos precisamente, mas quem os conduz. Não se pode influenciar a alma das pessoas por meio de teorias filosóficas, políticas ou econômicas a fim de consolidar o bem. Principalmente abolindo a imagem de Deus, única fonte que permite ao homem o prazer na busca da solidariedade, fraternidade, igualdade vislumbrando o bem comum.

Alberto Magalhães Carneiro, Agente de Polícia Judiciária da SSP de Sergipe.


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